
A man who places great importance on his physical appearance. This is the common definition of a Dandy. But the genuine philosophy behind Dandyism is much more than just dressing well and looking impeccable. It can truly be seen as a complete life style with its own way of thinking and behaving, used as a mean of self-expression or personal statement and, when taken to the extreme, leading to an extravagant differentiation among society.
With its origin in late 18th century, this new standard of elegance and perfection for a man was set by the most famous Dandy ever, George “Beau” Brummell (1778-1840) (in the image). Known for taking several hours to dress each day, he was the first to pay extreme attention to all the details regarding how to dress, and creator of the modern loose-fitting trousers that we still use nowadays.
In the following centuries, the idea of becoming a Dandy spread from London and Paris to the whole world. Famous men like Charles Baudelaire and Salvador Dalí (in the photo) adopted this new concept and gave it a new dimension, making it a new form of Romanticism that was almost elevated to a religion. Oscar Wilde, another prominent disciple, wrote that “One should either be a work of Art, or wear a work of Art”, and this ideal of male excellence easily made its way into the fiction world, as we can see in F. Scott Fitzgerald’s “The Great Gatsby”.


Although we can identify a Dandy by his refined language or actions, it’s the visual impact of his flawless tailoring that first catches our attention. In fact, they never “dress down”, and each texture, design, colour or pattern is carefully chosen in order to achieve the perfect look and simultaneously exteriorize their personality and mood at each moment. Furthermore, they are not obliged to follow the current trends, and many times they are the ones who set the new trends. If it looks good and suits well, then it is acceptable.
The standards of Dandy fashion have changed over time, and being a true Dandy does not always mean the need of having to dress to impress. Many prefer to avoid being noticed by making classic choices and using minimal ornamentation, but don’t let yourself be fooled, because these low profile specimens still keep their good appearance as a top priority. However, when one really wants to stand out from the crowd, he searches his closet for all the help he can get. Hats, gloves, scarfs, ties and vests form just a subset in the extensive list of accessories that will make him shine and be placed at the center of the universe, which is something that is often not understood by the mere regular man.
During the last two decades, a new page has been written in the history of Dandyism. The neologism “Metrosexual” was invented, and a new contemporary definition of the Dandy has emerged. This new metropolitan and sexual man living in the 21st century, is nothing more than the evolution of the “ancient” Dandy, sharing the same values, adapted to our new technological era, and spreading more rapidly than ever.
Most of today’s young and middle-aged men take deep care of their bodies, by going to the gym regularly, following a healthy diet, maintaining a well cut hair and beard, while using new techniques such as laser hair removal or indoor tanning. The focus on the way they dress remains strong, supported by the growing men’s fashion business and all its offers. Moreover, new ornaments like tattoos and piercings have been introduced, cell phones and other tech gadgets are now seen as fashion items, and medicine already provides several treatments for physical appearance improvement.
Despite all of this present widespread cult of the body, we can still find some men that desire to be considered as the pure and true Dandy, but for them it is increasingly more difficult to stand out when walking on the street. For that, they will need a lot of creativity and extravaganza.
Dandyism has taken over the world, becoming mainstream, while the ordinary man can now be called a Dandy without even knowing it.
The Dandy has triumphed.
Dandy Style Shopping List:
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About The Author
Paulo Jorge Simões
Computer scientist, musician, and avid consumer of all artistic expressions. Has worked as a fashion model, actor, writer, cartoon voice dubber, entrepreneur. Always ready to travel or have an interesting conversation, being fascinated by the fashion world ever since.
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Um homem que atribui grande importância à sua aparência física. É esta a definição comum de um Dândi (em inglês, Dandy). Mas a filosofia genuína por detrás do Dandismo é muito mais do que apenas vestir bem e ter um aspeto impecável. Pode ser verdadeiramente vista como um completo estilo de vida com o seu modo próprio de pensar e agir, usada como uma forma de auto-expressão ou afirmação pessoal e, quando levada ao extremo, conduzindo a uma diferenciação extravagante dentro da sociedade.
Com a sua origem no final do século XVIII, este novo padrão de elegância e perfeição para um homem foi estabelecido pelo mais famoso Dândi de todos os tempos, George “Beau” Brummell (1778-1840) (na imagem). Conhecido por demorar várias horas para se vestir todos os dias, ele foi o primeiro a prestar atenção extrema a todos os detalhes relacionados com a forma de vestir, e criador das calças largas modernas que ainda usamos hoje em dia.
Nos séculos seguintes, a ideia de se tornar um Dândi espalhou-se de Londres e Paris a todo o mundo. Homens famosos como Charles Baudelaire e Salvador Dalí (na foto) adotaram este novo conceito e deram-lhe uma nova dimensão, tornando-o numa nova forma de Romantismo que foi quase elevado a uma religião. Oscar Wilde, outro proeminente discípulo, escreveu que “Um homem deve ser uma obra de Arte, ou vestir uma obra de Arte”, e este ideal de excelência masculina facilmente foi incorporado pelo mundo da ficção, como podemos ver na obra “O Grande Gatsby” de F. Scott Fitzgerald.
Apesar de podermos identificar um Dândi pela sua linguagem ou ações refinadas, é o impacto visual da sua indumentária sem falhas que primeiro prende a nossa atenção. De facto, eles nunca “vestem de menos”, e cada textura, formato, cor ou padrão é cuidadosamente escolhido de modo a atingir uma imagem perfeita e simultaneamente exteriorizar a sua personalidade e estado de alma a cada momento. Além disso, eles não estão obrigados a seguir as tendências atuais, e muitas vezes são eles quem define as novas tendências. Se tem bom aspeto e fica bem, então é aceitável.
Os padrões da moda Dândi têm mudado ao longo do tempo, e ser um verdadeiro Dândi não significa sempre ter que vestir para impressionar. Muitos preferem passar despercebidos através de escolhas clássicas e um uso mínimo de ornamentação, mas não se deixe enganar, pois estes espécimes de presença discreta mantêm a sua boa aparência como uma prioridade de topo. No entanto, quando algum se quer realmente destacar da multidão, ele procura no seu roupeiro por toda a ajuda que conseguir obter. Chapéus, luvas, lenços, gravatas e coletes formam apenas um subconjunto na extensa lista de acessórios que o irão fazer brilhar e ser posicionado no centro do universo, algo que é frequentemente não compreendido pelo mero homem vulgar.
Ao longo das últimas duas décadas, uma nova página tem sido escrita na história do Dandismo. O neologismo “Metrossexual” foi inventado, e uma nova definição contemporânea do Dândi emergiu. Este novo homem metropolitano e sexual que vive no século XXI, não é mais do que a evolução do “antigo” Dândi, partilhando os mesmos valores, adaptado à nossa nova era tecnológica, e a espalhar-se mais rapidamente do que nunca.
A maioria dos jovens e homens de meia-idade de hoje tem um cuidado profundo com o seu corpo, indo ao ginásio regularmente, seguindo uma dieta saudável, mantendo um cabelo e barba bem aparados, e usando novas técnicas tais como depilação a laser ou bronzeamento artificial. O foco sobre o seu modo de vestir mantém-se forte, suportado pelo crescente mercado de moda masculina e todas as suas ofertas. Por outro lado, novos ornamentos entre os quais tatuagens e piercings foram introduzidos, telemóveis e outros dispositivos tecnológicos são agora vistos como itens de moda, e a medicina já proporciona diversos tratamentos para melhoria da aparência física.
Apesar de todo este presente culto do corpo generalizado, ainda conseguimos encontrar alguns homens que desejam ser considerados como o puro e verdadeiro Dândi, mas para eles é cada vez mais difícil destacar-se ao andar na rua. Para isso, irão precisar de muita criatividade e extravagância.
O Dandismo tomou conta do mundo, tornando-se convencional, ao mesmo tempo que o homem comum pode agora ser chamado um Dândi sem sequer o saber.
O Dândi triunfou.
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Sobre o Autor
Paulo Jorge Simões
Engenheiro informático, músico, e consumidor ávido de todas as expressões artísticas. Tem trabalhado como manequim, ator, escritor, dobrador de voz em desenhos animados, empresário. Sempre pronto para viajar ou ter uma conversa interessante, sendo fascinado pelo mundo da moda desde sempre.